Dois namorados belgas, viajam de mochila às costas por este Portugal fora. Chegados a Tomar, perguntam pelo parque de campismo. Não há. Fechou. Simples. A cidade morre só e lentamente. Os belgas, desapontados, querendo cumprir a recomendação dos pais de um deles, "Aller à Tomar", perguntam-se onde dormirão nessa noite, se têm os euros contados?Puseram pés ao caminho pela cidade acima, já desanimados, repararam numa casa com quintal de portões, que nunca se viram fechados, sobrevivente ao brotamento dos prédios e resolveram bater à porta. Explicaram à dona da casa que não tinham onde assentar a casa que traziam às costas, e se esta se importava que o fizessem mesmo ali, ao cantinho, apenas por uma noite. A resposta já se adivinhou, perguntaram então onde poderiam ir passear, tendo os novos inquilinos voltado ainda não eram 8h00. Toc, Toc. A senhora desculpe o incómodo, mas poderiamos usar o wc, ao que a senhora responde com outra pergunta, se precisam de mais alguma coisa. Se a senhora nos permitisse preparar uma refeiçao simples na sua cozinha, seria muito bom. Às 9h00, estavam todos a jantar pataniscas de bacalhau e arroz de tomate. A senhora encheu a barriga àqueles dois filhos de outras mães, mas que poderiam muito bem ser os seus. O senhor da casa oleava o seu francês, com o mesmo prazer de quem dá notas num concerto experimental de jazz, em que não se sabe a música (conversa) a tocar, deixando fluir ao sabor da descoberta. Vá, vão lá buscar as vossas coisas, dormem esta noite cá em casa, que devem estar cansados.
A propósito da alegada facilidade das provas de Matemática do 9º ano, que tanto sururu deram, entrevistaram uns quantos estudantes perguntando-lhes as notas, uma das babes respondeu: "A Matemática subi para 3. E a Português manti."
Perante isto, eu diria que o exame de Matemática deve ter sido uma autêntica cagada.
Já há sistemas informáticos com sentimentos: omeu web mail do serviço começa a editar em hebraico a uma sexta-feira à tarde, e não fornece pistas de como voltar a pô-lo em português.
Já dizia o poeta, que o sonho comanda a vida, tão concreta e definida... que ela é. Desde que recebi este postal que o tenho preso por um íman à porta do frigorífico sonhando um dia banhar-me nestes mares. Agora que falta menos de um mês, vou riscando os dias ao calendário com maior impaciência. E quando me perguntam quando vou de férias, não consigo tirar um sorriso palerma da cara, tal não é a excitação! Vou para aqui:
Brincadeira do destino ou não, Voidokilia tem o mesmo formato da baía de S. Martinho do Porto. Lugar onde durante todaa minha infância/adolescência, passei as férias de verão, terra de nevoeiro e de águas frias e paradas, e diga-se também um pouco turvas, ideais para fingir(mos) já saber nadar. Formosas e bem seguras, caminhávamos pelo mar apenas dando aos braços...