Quando passo por turistas, tento imaginar que Lisboa lhes aparece diante dos olhos. É que a descoberta de uma cidade vai muito além do reconhecimento da sua planta geográfica, feita de avenidas, bairros históricos e praças. A grande experiência passa-se no plano subjectivo, e no grau de afectividade que as suas potencialidades objectivas possam sugerir.
Ao mostrarmos a nossa cidade ao visitante, olhamo-la de outra maneira, e damos connosco a pensar que de facto as cores das casas, os passeios, os candeeiros, os cafés, os bairros são diferentes dos deles. E não raras vezes nos envergonhamos com os nossos podres. Quando tive cá a minha amiga grega lembro-me de me lamentar sobre o estado do miradouro de Sta Luzia. Azulejos caídos, lixo por recolher, telhados de zinco... ela interrompeu os meus lamentos e disse, "sim, é uma pena, mas acredita que Lisboa tem um encanto especial, único". Fiquei intrigada com esse tal encanto especial de que falava. Penso que se referia à essência de Lisboa, difícil de exprimir, mas que faz distinguir o «nós» dos «outros».
Este video é mais um olhar de um visitante amigo. Um dos que me fez deitar às 7h30 da manhã depois de um dia de obras em casa, de ter desmontado a sala e de a voltar a montar. Mas são estes encontros que nos fazem trocar miradas y puntos de vista. E há coisa melhor?
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