Sexta-feira, 29 de Junho de 2007

Ontem, enquanto esperava pelo mestre de obras para vir fazer um orçamento à casa nova, fotografava os azulejos da fachada (a propósito, são lindos, não são?). Veio logo um vizinho meter conversa... entretanto juntou-se mais outra. Feitas as devidas apresentações, ali estivemos em amena cavaqueira, foi-me dito inclusivé que "vieram calhar ao melhor prédio da rua, menina!"... e eu não duvido!
Quinta-feira, 28 de Junho de 2007
Seguindo a sugestão do fabricante de brinquedos, fui
ali votar num instantinho.
A escolha não é fácil. De entre a lista disponível dos maiores horrores arquitectónicos do país, e tendo em conta as devidas reservas de representatividade, saliento como verdadeiro pesadelo urbano o Feira Nova (Chelas, Lisboa): desenquadrado, pensado para os carros (uma das entradas faz-se pelo parque de estacionamento), um cenário de cor cinzenta macilenta... Ainda assim, e apesar da sua fragmentação e hostilidade visual, é um dos poucos espaços de uso colectivo do bairro...
Esta foto também foi tirada no dia da maratona em Alfama. Incrível não é? Foi com agrado que tive conhecimento deste movimento, o SOS azulejo, que vem divulgar o seguinte:
- Não compre azulejos antigos sem se certificar da sua origem lícita. Colabore na dissuasão desde tipo de comércio ambíguo.
- Se tiver alguma informação sobre azulejos históricos e/ou artísticos furtados, avise imediatamente as autoridades.
- Se é proprietário de azulejos históricos e/ou artísticos, proteja-os, fotografe-os (procure anular os reflexos), e se necessitarem de restauro, recorra apenas a técnicos especializados credenciados.
- Se tiver conhecimento da demolição/remodelação de um edifício com azulejos antigos, contacte a câmara municipal, para que recolham e conservem os mesmo azulejos.
Segunda-feira, 25 de Junho de 2007

Vista do alto da Igreja de S. Vicente de Fora:
é de perder o piu...
Interioridades do bairro...
Hoje é o S. João. Ora avia-me lá mais uma ginginha..
Outra amiga da ginginha, esta menina pousou só para mim..
Sexta-feira, 22 de Junho de 2007
Hoje, no trabalho, contactei com um senhor da Judite, que me agradeceu toda a atenção e simpatia demonstrada e ofereceu-me o seu cartão, caso venha a precisar dos seus préstimos, está 24 horas por dia ligado.
Ainda há senhores simpáticos...
Quarta-feira, 20 de Junho de 2007

Da decisão passámos à acção: muitas horas pulando de página em página, invadindo cozinhas, salas, quartos e wc’s alheios... Oferta não falta, verdade, mas quando se começa a contar os euros, a tarefa afigura-se particularmente difícil. Uma lição aprendida foi a de que, se não se pretende passar o resto da vida à procura da casa perfeita, tem que se pensar em abdicar de alguma coisa: ou da localização/centralidade, ou dos metros quadrados, ou da luz, ou do elevador, ou da qualidade de construção, ou dos anos de uso… Não é que encontrámos uma casa encantadora?
Das descobertas recentes: a vista do futuro sofá (ainda por comprar) dá para prédios pitorescos de azulejos, a luz do final do dia é de uma intensidade contagiante (espero que o meu cheri seja atraído como um íman para a cozinha), temos uma pastelaria com fabrico próprio à porta de casa e temos o 28 que nos põe a um pulinho do miradouro da Graça...

O tamanho destas garrafas é inversamente proporcional ao seu
glamour. E ontem foi dia de abrir duas... à nossa!
Sexta-feira, 15 de Junho de 2007

Descobri que gosto de fotografar pessoas... vou aceitar o
desafio e descobrir se gosto de fotografar sítios. Se não gostar de fotografar Alfama, é porque definitivamente não gosto de fotografar sítios...

Não houve padre, véu, flor de laranjeira, arroz para atirar aos noivos, trezentos e sessenta convidados, cinquenta kg de marisco, bolo da noiva, lugares marcados, orgão mágico, valsa vienense, apita o comboio... e não é que foi muitíssimo agradável?
Porque foi então o primeiro casamento a que fui num formato destes? Porque são os casamentos regra geral todos os iguais? Sempre os mesmos timings (agora bebem, agora comem, agora dançam, agora comem, agora o bolo da noiva, agora o champanhe, agora comem), porquê?
Muitos parabéns aos noivos! "Muita bonita a feista!"
Terça-feira, 12 de Junho de 2007

Tenho um apego especial a este bairro, que se explica em parte por ter lá vivido. Nas noites quentes de verão, gostava de adormecer de janela aberta ao som de palmas e guitarradas de um faducho cantado ali bem perto... de acordar com esta vista, de me olhar ao espelho e esquecer-me de me pentear, vidrada que ficava com o tejo reflectido... não me canso de dizer: Alfama é linda!!!
PS: Esta noite estarei por lá, algures num pátio, a assar sardinhas..